domingo, 16 de maio de 2021

vantagem de uma boa  alimentação caseira para o seu pet 







As gerações mudam, as orientações de cuidados também, mas o amor e o sabor da comida caseira são

sempre os mesmos e atiçam o olfato e o paladar dos nossos companheiros de quatro patas. Entenda

porque a alimentação natural está tão em alta, quais seus benefícios e quais os cuidados para substituir a

ração por um bom prato de comida

Tem pouco tempo que os veterinários passaram a recomendar a

substituição total da comida caseira pela ração seca na dieta de

nossos animaizinhos. A explicação era simples e extremamente

importante: cães e gatos chegavam a seus consultórios com

raquitismo, deficiência nutricional generalizada, osteopenia (perda de

massa óssea por deficiência de cálcio) e desnutridos. Isso porque

havia uma tendência de oferecermos a eles os restos de nossas refeições. Mesmo quando preparávamos

algo específico para os bichinhos, utilizávamos resíduos como cascas de legumes, acrescidos de arroz,

polenta e alguma opção de carne. O que resultava dessa mistura toda era uma dieta desequilibrada, sem

o devido balanço nutricional, pois haviam alguns nutrientes em excesso e outros em deficiência. A regra,

então, passou a ser “dê apenas ração, pois é só o que eles precisam”, já que se tinha uma diversidade de

opções adequadas para todas as necessidades de cada tipo de animal – filhotes, adultos e idosos; porte

mini, pequeno, médio e grande; e assim por diante.

Mas com o tempo, tutores e até mesmo veterinários começaram a questionar alguns pontos, uma vez que

o cenário mudou. Com nossas vidas cada vez mais corridas, as casas menores e até o desconhecimento

sobre a composição e a fabricação das rações surgiram efeitos colaterais importantes, como a obesidade

dos animais. “A troca da comida caseira pela ração, na mesma quantidade diária, a falta de exercício físico

e os espaços restritos levaram os cães e os gatos domiciliados à obesidade”, revela Manuela Fischer,

médica-veterinária, mestre e doutora em Nutrição Animal. “É que o alimento caseiro tem entre 60% e 70%

de água, enquanto a ração tem apenas 10%, por ser concentrada e, consequentemente mais calórica.

Então é diferente o animal comer 500g de ração e 500g de comida caseira.”

Foi aí que se viu a retomada da alimentação natural, preparada exclusivamente para os animais,

balanceada e suplementada. “O cachorro, por exemplo, necessita diariamente de 40 nutrientes

provenientes da alimentação, com suas quantidades corretas. Dificilmente conseguimos contemplar

todos, pois a variação de ingredientes não é tão rica quanto a dos seres humanos. Comemos

diferentes de todos os grupos alimentares indicados pelos

nutricionistas em três ou quatro refeições, e poucas vezes usamos

suplementos para alcançar os níveis adequados de alguns nutrientes.

Agora imagina variar duas a três vezes por dia a dieta de um cão. É

bem difícil! Por isso a importância de uma correta suplementação”,

enfatiza a doutora Manuela, que também é professora e

coordenadora em cursos de nutrição de cães e gatos e responsável

técnica da empresa PETPAPÁ, que produz alimentos congelados para

cães e gatos. O que acontece é que normalmente o tutor cozinha a mesma dieta para vários dias ou até

meses, e cada vez que ele muda algum ingrediente, altera também a formulação. Por isso não é

recomendado a mudança da dieta ou variação de ingredientes sem antes solicitar nova formulação ao

nutricionista.

A doutora Manuela conta que o alimento caseiro, por ser rico em água e de baixa caloria, permite que o

animal consuma maior volume, ficando mais saciado e deixando o tutor mais satisfeito ao vê-lo comendo

bem e bastante. “A palatabilidade é incontestável, mas tenho pacientes que consomem alimentação

natural e eventualmente pedem ração, pois gostam da crocância dela. Uma solução foi a mistura dos dois

tipos de alimentos, suprindo 50% da necessidade do animal com ração e 50% com comida caseira

completa e balanceada, em uma quantidade correta de cada alimento. Dessa forma eles têm a

palatabilidade e o prazer de comer o alimento caseiro com carninha, arroz e outros ingredientes, mas

também a crocância e o cheiro da ração que gostam.”

Um ponto importante é a transição da alimentação. Segundo Juliana Bechara Belo, médica-veterinária e

sócia da LA PET CUISINE, é fundamental ter um período de 5 a 7 dias no qual parte da ração é substituída

pela nova alimentação, aumentando gradativamente a quantidade de comida em relação à de ração. “A

troca brusca pode levar a transtornos gastrointestinais”, ressalta. Sobre os benefícios, a doutora Juliana é

incisiva: “Alimentos úmidos aumentam a ingestão de água de forma involuntária e apresentam alta

digestibilidade e palatabilidade. Sabor, textura e aroma facilitam a aceitação e a ingestão pelos animais,

aumentam a salivação facilitando a digestão e o trânsito gastrointestinal”.

É bom saber que não existe diferença entre oferecer uma

alimentação natural feita em casa ou uma congelada encomendada

nas empresas especialistas em comida para pet, tal como a La Pet

Cuisine. De acordo com a doutora Juliana, que também é mestra e

doutora em Anestesiologia Veterinária e professora de

Veterinária, a proposta é oferecer praticidade para quem quer alimentar seu cão ou gato com a

alimentação natural. “Nossos pratos e dietas já são suplementados com vitaminas e minerais, ou seja, são

alimentos completos.” Mas faz uma ressalva: “É importante dizer às pessoas que preparam os alimentos

em casa que as dietas devem ser formuladas por nutrólogos para oferecer aos peludos uma alimentação

balanceada e completa, com todos os nutrientes necessários. Isso exige a pesagem precisa dos

ingredientes e suplementos”.

A doutora Manuela esclarece ainda que o especialista em nutrição pode ser zootecnista ou veterinário.

Mas, atenção, caso seu pet tenha qualquer diagnóstico de doença, o especialista deve ser um médicoveterinário, pois é preciso que ele conheça o processo da doença e formule uma dieta específica a fim de

colaborar com a melhora e/ou seu controle. “Para um animal diabético, por exemplo, é necessário reduzir

o índice glicêmico, então podemos usar ingredientes que promovam uma digestão mais prolongada e

com menores índices glicêmicos, como batata doce, lentilha, vagem, abobrinha e outros ricos em fibras.

Para um paciente com doença renal crônica existe a restrição ao fósforo e, nesse caso, formulo uma dieta

com baixo teor desse mineral. Como a carne é o ingrediente que mais fornece fósforo, a dieta deve

conter baixa proteína”, comenta. Ela também destaca que a alimentação natural é ótima para animais que

sofrem com urolitíase, que são os cálculos de bexiga. “Um dos fatores que podem levar à formação de

cálculos urinários é o consumo de alimento seco associado ao baixo consumo de água, reduzindo a

produção de urina que, concentrada, predispõe à urolitíase. No caso do alimento úmido, o animal

também está ingerindo água, diluindo a urina e aumentando a frequência urinária, reduzindo, assim, o

risco de formação de cálculo”, finaliza.

Nesta matéria, nosso foco foi a alimentação natural cozida. Mas não vamos deixar de falar sobre o

conceito de alimentação natural crua e trazer informações importante sobre as rações.


fonte: readaptado do e book comidinha natural é tudo de bom :Dra Manuela fischer ,visite o site e você vai encontrar artigos fabulosos  de como cuidar melhor de seu pet 

Dra. Manuela Fischer - Veterinária PhD em Nutrição Animal (veterinarianutricionista.com.br)

http://www.curtopets.com.br/comidinha-natural-e-tudo-bom/

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